História de Maria Feliciana
Hoje EU Tonho de Itabi fui às alturas e contei a história da sergipana Maria Feliciana dos Santos de quase 73 anos que mora no Bairro Santos Dumont, mulher de vida sofrida e que já teve os seus tempos de gloria nas apresentações em circos, programas de rádio e TV de todo Brasil. Contar essa história foi muito legal e pode ver nos olhos de nossos usuários o brilho e felicidades de poder conhecer quem é Maria Feliciana.
Filha única teve uma estatura normal até a puberdade, quando seu crescimento disparou e chegou a atingir 2,25m. "Ela era normal até os dez anos, mas depois deu para crescer, que foi uma coisa horrorosa. Aos 16 anos disparou e nós pensamos que fosse mal de coqueiro. Apesar disto, Maria sempre se considerou normal e nunca se queixou de nada", conta a mãe.
A recordista nasceu em Amparo do São Francisco, interior do Sergipe, em 27 de maio de 1946. Sua família é marcada pela altura: o pai Antônio Tintino da Silva tinha 2,40 m; a mãe Maria Rodrigues dos Santos, 1,80 m; a avó paterna, 1,90 m; e a uma tia paterna tinha 2,30 m.
Em uma dessas apresentações, Maria conheceu José Gregório Ribeiro, ´Josa O Vaqueiro do Sertão´, que era empresário de eventos e a apresentou para Luiz Gonzaga. Foi por intermédio do cantor que conseguiu se apresentar no programa do Chacrinha, ´A Hora da Buzina´.
Mais tarde, em 1968, o programa promoveu o concurso internacional da maior mulher do mundo. Com seus 2,25 metros, Maria foi à vencedora de altura e nomeada a Rainha das Alturas. A festa de coroação contou com a presença de Luiz Gonzaga, que entregou a coroa, e de Grande Otelo, que entregou a faixa. Entre as candidatas mais altas, havia uma americana com 2,15 de estatura.
Sua carreira teve que ser interrompida em 1995, quando foi submetida a uma cirurgia no pé. A operação não obteve muito sucesso e Maria teve que se submeter a várias outras. A última que fez, o médico retirou ossos e cerca de 1/3 de seu pé, deixando-a sem condições de se firmar.
Edifício Estado de Sergipe
Em 1970 o aracajuano ganha um motivo a mais para ter orgulho de sua terra: a cidade passa a abrigar o edifício mais alto do Nordeste - posto que perde três anos depois. Batizado Edifício Estado de Sergipe, o prédio fica mais famoso como ‘Maria Feliciana', numa alusão à ilustre sergipana que àquela época era considerada a mulher mais alta do país. "Foi um dos primeiros modelos da arquitetura moderna em Aracaju".
Ainda hoje considerado o maior do Estado, o espigão de 28 andares e 96 metros de altura simboliza o início do período de desenvolvimento econômico de Sergipe. "Naquele período chegaram grandes empresas nacionais, como a Petrobras", lembra o historiador, explicando que o ‘Maria Feliciana' é composto por concreto armado e vidraças características da arquitetura moderna. Desde o seu lançamento, o edifício é ocupado pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese) e por outras repartições públicas.
Tonho de Itabi
Contador de Histórias